"Na vida, são necessários momentos difícies para que possamos superá-los e mostrar a nós mesmos o que realmente somos capazes de fazer." |
domingo, 31 de outubro de 2010
waldazel-ArtesshowZ&L: minha omenagem ao amigo duilio gasparini
walda-ArtesshowZ&L: walda-ArtesshowZ&L: Spencer Glacier
waldazel-ArtesshowZ&L: minha omenagem ao amigo duilio gasparini
Um amor quando se vai, deixa a marca da paixão feito cio de uma loba
Feito uivo de um cão, é feitiço que não sai, dilacera o coração
É um nó que não desmancha, é viver sem ter razão
Chora, coração, chora coração, passarinho na gaiola, feito gente na prisão
É um jeito de querer é pecado sem perdão,
é espinho que só dói quando põe o pé no chão
É o galho que se dobra sob o corte do facão,
é o mar que sai dos olhos pra banhar a solidão
*--*
Se eu gostar de você tenha a gentileza de não me deixar tão solto.
Não me pergunte aonde vou,
mas me peça pra voltar.
Sou fácil de ler, mas não tente descobrir porque o mesmo refrão insiste em tocar tanto.
Se eu gostar de você, tenha a delicadeza de também gostar de mim.
E me deixe ser, assim,
exatamente como eu sou.
♥ TE AMO ♥
walda-ArtesshowZ&L: waldazel-ArtesshowZ&L: Falar de você
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
MaRcIoStEvEn desBLOQUEADO...(๏̯͡๏)s
Um amor quando se vai, deixa a marca da paixão feito cio de uma loba
Feito uivo de um cão, é feitiço que não sai, dilacera o coração
É um nó que não desmancha, é viver sem ter razão
Chora, coração, chora coração, passarinho na gaiola, feito gente na prisão
É um jeito de querer é pecado sem perdão,
é espinho que só dói quando põe o pé no chão
É o galho que se dobra sob o corte do facão,
é o mar que sai dos olhos pra banhar a solidão
*--*
Se eu gostar de você tenha a gentileza de não me deixar tão solto.
Não me pergunte aonde vou,
mas me peça pra voltar.
Sou fácil de ler, mas não tente descobrir porque o mesmo refrão insiste em tocar tanto.
Se eu gostar de você, tenha a delicadeza de também gostar de mim.
E me deixe ser, assim,
exatamente como eu sou.
♥ TE AMO ♥
LIVRO "BOM DIA - 61 NÃO-CRÔNICAS"
- EDSON COELHO DE OLIVEIRA
- Jornalista e escritor paraense nascido no Mato Grosso.
Este relato se passa no ano cem mil e quatorze anos depois de Cristo, mas serviria melhor ao século XXI.
Por uma daquelas inexplicáveis circunstâncias da política, o futuro presidente do Universo Conhecido era Edward Lydon, escultor de apenas dezessete anos. No dia da posse, horas antes de discursar para dois trilhões de seres em duas galáxias, Edward apagou as luzes do quarto com um dispositivo cerebral (instalado em seu corpo cibernetizado) e entregou-se a um banho de vapores vertebrais: vapores perfumados, coloridos e de temperaturas variadas. O jovem ergueu-se do banho de olhos fechados e, sem acender as luzes, andou em direção ao pátio do enorme apartamento flutuante (como uma plataforma espacial). Quando chegou ao pátio, sentiu as luzes se acenderem sozinhas, abriu os olhos e viu, através do vidro, um corpo celeste produzir lá fora um clarão - Edward baixou a cabeça e teve uma visão, que se passava centenas e centenas de séculos antes: uma moça banhava-se em água corrente, num planeta que só podia ser a Terra.
Edward (ao contrário de quase 100% das pessoas) já fora à Terra e vira o rio Amazonas, ou o que restara dele, e assim pôde reconhecer o cenário da própria visão: o riozinho parecia canalizado diretamente nas gordas nuvens entrevistas sobre as copas das árvores; a água percorria a pequena cascata de pedras até chegar a uma grande rocha; ali formava um pequeno lago, que transbordava sobre a rocha e sobre a moça.
Edward sabia que era uma visão, não um sonho, e que não era um simples delírio, mas uma revelação.
Ele revia a imagem como um profeta, e sabia que o rio (o tempo) encharcava o corpo da moça sem arrastá-lo, minava a pedra sem dissolvê-la; de tal forma que as impregnava de uma substância eterna parecida com musgo. Assim (sem a mediação do tempo) a menina banhava em êxtase, e aquela água banha-a até hoje, e tal certeza ninguém tiraria de Edward. Mais: ao recordar depois a visão, o jovem sentiria algo que nunca vira ou experimentara, e não sabia de onde vinha, a não ser da ancestralidade que já durava cem mil anos: Edward compreendia o rio que banhava a moça como se ali passara a infância, e sentia até o limo frio que a água criava nas pedrinhas, ao roçá-las incessantemente pelo fundo.
Em menos de duas horas, Edward se tornaria o homem mais poderoso do Universo. No entanto, se comportava como o escultor. Arroubado pela juventude, ele fez então o que nem a política explicaria: discursou de improviso no evento mais importante do ano. Gastou longos minutos explicando o que era a água e os benefícios que, no passado, trazia ao corpo. Falou de como ainda hoje parte da angústia humana era provocada pelo desconhecimento da água (cujas funções no corpo foram substituídas por outras substâncias ou programações cibernetizadas). “Caso o ser humano volte a ingerir água regularmente, se curará da melancolia que atinge a espécie em tantos planetas...”, escandalizou Edward a todos.
Ora, caro leitor, Edward Lydon não seria um presidente de fachada. Era um jovem extraordinariamente dotado. Só se aceitou sua condição de herdeiro (até atingir a maioridade para o cargo, de 25 anos) porque todos o amavam. Mas aquele súbito elogio à água poderia ressuscitar um antigo e insensato projeto: reproduzir a natureza terrestre noutro planeta, infinitamente maior; e a um custo que poderia comprometer projetos com os quais já estavam comprometidos tantos parlamentares e governantes de países e planetas.
Após o discurso, Edward recolheu-se com familiares, amigos íntimos e membros do poder. Anunciou que só voltaria no dia seguinte à que já era a palavra mais falada do universo: água. A despeito do sufocante assédio de que era alvo, não demorou a isolar-se no quarto enorme - pensando em como encontrar a moça, a fonte, o sol, as árvores, o limo das pedrinhas no fundo do rio.